terça-feira, 28 de outubro de 2025

O Dia Internacional da Animação (DIA) começa hoje.

 



















O DIA é uma Mostra de curtas-metragens de animação com exibições que acontecem em várias cidades de norte a sul do Brasil. A Mostra Oficial é composta por uma hora de curtas brasileiro (Mostra Nacional) e uma hora de curtas estrangeiros (Mostra Internacional) e é exibida simultaneamente em todas as cidades participantes do circuito, no dia 28 de Outubro, com entrada franca. A data foi escolhida porque no dia 28 de outubro de 1892, Charles-Émile Reynaud realizou a primeira projeção pública de imagens animadas do mundo, exibindo o filme Pauvre Pierrot, no Museu Grévin, em Paris-França. Inspirada nesse fato, em 2002 a ASIFA (Associação Internacional do Filme de Animação) lançou a comemoração do Dia Internacional da Animação, contando com diferentes grupos internacionais filiados em mais de 30 países. Países como EUA, França, Portugal, Coreia do Sul, Egito, Austrália, Japão, entre outros, também celebram a data.

Em Atibaia o Dia começa com a Mostra Internacional, que conta com um programa de 5 curtas metragens estrangeiros com filmes vindos da Argentina, Uruguai, Estônia, Irã e uma coprodução EUA e Brasil. A escolha foi feita a partir da curadoria do Diretor Marcelo Marão e da premiada diretora Rosana Urbes. Na programação estão os filmes Quma y las Bestias - Dir. Iván Stur + Javier Ignacio Luna Crook - Argentina,  Impossible Journey - Dir. YUCA - EUA/BR, Amanecer - Dir. Clara Rodriguez de Almeida - Uruguai, L'amour en Plan - Dir. Claire Sichez - 14min - Estônia e Winter Memories - Dir. Zahra Kababian e Amir Mahdi Safdari - 9 min - Irã / República Islâmica. Todas as mostras têm aproximadamente uma hora de duração. Confira a listagem dos curtas de cada mostra. A mostra de hoje será na Escola Carlos José Ribeiro, na Rua Adolfo André, 1640 - Vila Rica - Atibaia, às 19 horas. Mas a Mostra segue no final de semana na sede do Instituto Garatuja.


Dia 28 de outubro (terça-feira), às 19h

Mostra Internacional

Local: Escola carlos José Ribeiro

Rua Adolfo André, 1640 - Vila Rica - Atibaia, às 19 horas

Dia 1º de novembro (sábado), às 19h

Mostra Nacional

Dia 2 de novembro (domingo), às 16h

Mostra Infantil e inauguração do Cineclube Garatuja Animado

Local: Instituto de Arte e Cultura Garatuja

Rua Esmeraldo Tarquínio, 346 – Jardim Tapajós – Atibaia/SP

Entrada franca - Agende e participe!

domingo, 19 de outubro de 2025

Instituto Garatuja celebra o Dia Internacional da Animação

 



 

No próximo dia 28 de outubro o Instituto de Arte e Cultura Garatuja recebe mais uma edição do Dia Internacional da Animação (DIA). A data celebra a primeira projeção pública de imagens animadas, realizada em 28 de outubro de 1892, por Charles-Émile Reynaud, em Paris. Criado para homenagear esse marco histórico, o DIA é um evento que reúne apaixonados pela animação em todo o país, promovendo exibições simultâneas e gratuitas em centenas de cidades brasileiras. Este ano, o evento comemora 22 anos desde sua primeira edição, realizada em 2004 no SESC Vila Mariana, em São Paulo, com a exibição de Planeta Terra — um filme coletivo de 1986, co-dirigido por cerca de 30 animadores. Desde então, o projeto se expandiu e hoje alcança todas as regiões do Brasil, com exibições em mais de 200 cidades. Em Atibaia, a mostra acontecerá pela quarta vez no Instituto Garatuja e na Escola Carlos José Ribeiro,  e está dividida em três categorias: Na Mostra Nacional, filmes como GUARACY, MEDO DE CACHORRO, REVOADA, PEQUENO B, LAPSO e KABUKI, realizados nas técnicas do Stop Motion e 2D, 2D digital e pintura frame a frame. Na Mostra Internacional teremos QUMA Y LAS BESTIAS, IMPOSSIBLE JOURNEY, AMANECER, L'AMOUR EN PLAN, WINTER MEMORIES de países como Irã / República Islâmica, Estônia, Uruguai, EUA/BR e Argentina. Tanto a Mostra Nacional como a Internacional são destinados aos maiores de 14 anos. Na Mostra Infantil será exibido EU E O BOI - O BOI E EU, VICTOR, O ENIGMA DO TEMPO, RHEUM, MINHA CIDADE IDEAL, ABC DE MÃE, QUARENTENA. Integra a Mostra Infantil uma seleção especial de animações produzidas por jovens e crianças participantes das oficinas de animação e desenho animado do Instituto Garatuja. As de animação acontecem na entidade desde 1996, quando ainda era utilizado o processo analógico. Com essa sessão, será inaugurado também o Cineclube Garatuja Animado, uma iniciativa voltada à difusão da arte da animação e da linguagem sequencial na cidade. O Cineclube Garatuja Animado realizará outras mostras ao longo do ano, organizadas a partir de diferentes recortes — como autores, escolas, países, técnicas, períodos, temáticas ou faixas etárias. Um dos eixos centrais da proposta é a itinerância: além da sede do Instituto, as exibições poderão acontecer em escolas, centros comunitários, espaços culturais ou ao ar livre, sempre que houver condições técnicas adequadas. Todas as sessões serão seguidas por um momento de conversa e reflexão, incentivando a troca de ideias entre o público presente. Serão ações gratuitas que visam a qualificação e a formação de público.

 

Programação

Dia 28 de outubro (terça-feira), às 19h

Mostra Internacional

Local: Escola Carlos José Ribeiro 

Rua Adolfo André, 1640 - Vila Rica - Atibaia


Dia 1º de novembro (sábado), às 19h

Mostra Nacional

Dia 2 de novembro (domingo), às 16h

Mostra Infantil e inauguração do Cineclube Garatuja Animado

Local: Instituto de Arte e Cultura Garatuja

Rua Esmeraldo Tarquínio, 346 – Jardim Tapajós – Atibaia/SP

Entrada franca - Agende e participe!

domingo, 14 de setembro de 2025

Cineclube Garatuja Animado

 




No dia 28 de outubro celebra-se o dia da animação, em homenagem à primeira projeção pública de imagens animadas realizada por Charles-Émile Reynaud, em 1892. Como em anos anteriores, o Instituto Garatuja comemora a data trazendo para Atibaia o Dia Internacional da Animação, evento que promove exibições públicas de animações e desenhos animados realizadas simultaneamente em diversos espaços do país. 

Nesta edição de 2025, vamos lançar o Cineclube Garatuja Animado, iniciativa dedicada à difusão da arte sequencial na cidade. Trata-se de uma linguagem autônoma dentro do campo audiovisual, mas ainda pouco conhecida, inclusive entre artistas do setor. Essa falta de reconhecimento pode estar ligada à visão limitada, propagada pelos veículos de massa, que frequentemente associam a animação apenas ao público infantil — desconsiderando sua riqueza estética, narrativa e crítica. O cineclube surge justamente para valorizar produções que ficam à margem da indústria cultural. As sessões poderão ser organizadas por diferentes critérios: realizador, país, escola, temática, período de realização, técnica, faixa etária, entre outros. 

Outro aspecto central da proposta é a itinerância: além do Instituto Garatuja, as exibições poderão acontecer em escolas, centros comunitários, espaços culturais ou mesmo ao ar livre, sempre que houver condições técnicas adequadas. Todas as sessões serão seguidas por um momento de conversa e reflexão, abrindo espaço para a troca de ideias entre público. Se a proposta despertou seu interesse, reserve um tempo na agenda e venha participar. Em breve daremos notícias.


sexta-feira, 21 de março de 2025

Cinema não se faz sozinho

 


Essa expressão, frequentemente usada no meio artístico, ganha ainda mais força quando aplicada à animação e ao desenho animado. Isso se deve à complexidade da linguagem e, principalmente, ao volume de trabalho que uma produção desse tipo exige. No Brasil, um caso emblemático ilustra bem essa realidade: Sinfonia Amazônica, o primeiro longa-metragem de animação do país, lançado em 1953. A obra foi realizada quase inteiramente por Anélio Latini Filho, que, sozinho, produziu mais de 500 mil desenhos ao longo de cinco anos de trabalho. Apesar desse esforço monumental, Anélio não esteve totalmente só. Contou com o apoio de alguns amigos e, sobretudo, de seu irmão, Mario Latini, responsável pela direção de fotografia. Guardadas as devidas proporções, a animação Fadário, embora tenha um caráter autoral e grande parte do trabalho tenha sido realizada pelo próprio autor, também contou com uma equipe talentosa, ampliando e qualificando o resultado final. Reunimos artistas de diferentes estilos e tendências, cada um contribuindo à sua maneira para a realização do curta-metragem. A saber: Aluísio Cervelle, quadrinista e animador, atualmente trabalha na produção de jogos eletrônicos, principalmente na criação de cenários e personagens. Em Fadário, além de colorir, foi responsável pelos cenários e ambientações. Érica Yamagush, ex-aluna do curso de artes plásticas do Garatuja desde a infância, já havia experimentado a animação em 2002, com o curta-metragem O Lobisomem, usando Super 8 como suporte. Formada em publicidade, se destacou em Fadário pelo traço refinado, detalhado e sensível. O mesmo pode ser dito da jovem Ana Tessarolo, que domina com precisão tanto o desenho quanto a pintura. Availdo Praxedes, de Joanópolis, é desenhista e ilustrador e teve papel fundamental ao digitalizar e registrar parte das cenas, além de colorir desenhos que exigiam maior realismo. De Bragança Paulista, Marcelo Goulart, que é tatuador, grafiteiro e poeta, contribuiu copiando e pintando desenhos, além de oferecer sugestões valiosas para o roteiro. Sua esposa, Juliana Celiberti, que atualmente mantém uma pesquisa sobre tintas naturais, também participou do projeto, copiando, colorindo da dando sugestões. Minha irmã Mariza Zago demonstrou seu talento para colorir contribuindo significativamente para Fadário. Theodoro Moretta (Theo), aluno do curso de artes do Garatuja, auxiliou na digitalização de diversas cenas já concluídas. Na trilha sonora, meu filho, Vitor Zago, compôs quatro músicas que acompanham a narrativa, dando o tom ideal às ações da animação. O equilíbrio entre imagem e som resultou exatamente no que imaginávamos. Por fim, tivemos a colaboração de Marina Bueno, Thiego Torres e André Raimundo, que serviram como modelos para as cenas mais complexas. Assim, Fadário reforça a ideia de que, mesmo em projetos autorais, a força do coletivo é essencial para alcançar um resultado artístico significativo.






quinta-feira, 20 de março de 2025

Tirando da gaveta...


O ano de 2024 foi dedicado à animação Fadário. Sua história, que originalmente não tinha esse nome, foi concebida no início dos anos 1980 por mim, Márcio Zago, na mesma época em que fundei o Garatuja. A narrativa original, o storyboard e as primeiras cenas da animação foram desenhados naquela época, mas nunca consegui finalizá-la, apesar de várias tentativas ao longo dos anos. A oportunidade de concluir esse trabalho surgiu agora, quatro décadas depois, graças ao edital municipal Paulo Gustavo. Devido ao longo intervalo entre sua criação e finalização, a história passou por pequenas adaptações, sem, no entanto, perder sua essência. Fadário aborda o destino que rege tanto as coisas quanto as pessoas – e, muitas vezes, as pessoas em função das coisas. A trama acompanha a trajetória de uma pedra preciosa encontrada por um garimpeiro. Essa pedra é transformada num broche que passa a influenciar diversas gerações, moldando vidas, por vezes de maneira trágica. O título Fadário, segundo o dicionário, tem duas interpretações: “Destino imposto por um poder sobrenatural e do qual não se pode fugir; fado” ou “Vida trabalhosa e difícil; desgostos”. Ambas se aplicam à proposta do filme, que se debruça sobre um questionamento filosófico recorrente: até que ponto um indivíduo controla sua própria vida ou é influenciado por forças e eventos que escapam ao seu domínio? No contexto das crenças e filosofias, essa questão pode ser vista sob dois prismas. O primeiro é o chamado “Destino Predeterminado”, presente em diversas culturas e sistemas de crença, que consideram o destino de cada pessoa previamente traçado por forças divinas ou cósmicas, tornando todos os acontecimentos inevitáveis. A segunda interpretação enxerga o destino como resultado das escolhas individuais. Enquanto o determinismo sugere que todos os eventos são consequência de causas anteriores, o livre-arbítrio defende que cada pessoa possui autonomia para tomar decisões independentes. A animação Fadário convida à reflexão sobre essas hipóteses, explorando os limites entre destino e escolha.