quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Dia Internacional da Animação 2019 no Garatuja




O Dia Internacional da Animação é uma Mostra de curtas-metragens de desenhos animados nacionais e internacionais. As exibições acontecem em cidades de todo o Brasil, simultaneamente, no dia 28 de Outubro, com entrada franca. O evento é realizado nacionalmente pela ABCA – Associação Brasileira de Cinema de Animação desde 2004. Esse ano é a 16ª edição e tem a participação de mais de 150 cidades de todas as regiões do país.
A data foi escolhida porque no dia 28 de outubro de 1892, Charles-Émile Reynaud realizou a primeira projeção pública de imagens animadas do mundo, exibindo o filme Pauvre Pierrot, no Museu Grévin, em Paris-França. Inspirada nesse fato, em 2002 a ASIFA (Associação Internacional do Filme de Animação) lançou a comemoração do Dia Internacional da Animação, contando com diferentes grupos internacionais filiados em mais de 30 países. Países como EUA, França, Portugal, Coreia do Sul, Egito, Austrália, Japão, entre outros, também celebram a data.
No Brasil, o evento gera a integração cultural em todas as regiões do país, mobilizando diversas comunidades e facilitando a inclusão e o acesso da população à cultura. Uma das grandes características do Dia Internacional da Animação é a exibição dos filmes em locais com realidades diversas. Os mesmos curtas são exibidos em grandes centros, e também em muitas cidades do interior onde não há salas de cinema.
Em Atibaia o evento será realizado pelo Instituto Garatuja pelo segundo ano consecutivo. Será dia 28 de outubro, às 17h30min na sede da entidade. Rua Esmeraldo Tarquínio, 346 – Jardim Tapajós – Atibaia SP. Participe!



segunda-feira, 11 de março de 2019

Com amor, Van Gogh


A arte muda nossas vidas. Mudou a minha. Quando criança gostava de desenhar e pintar. Mais tarde, já no colegial, descobri alguns livros de pinturas que havia na Biblioteca do Major. Era uma coleção sobre “Os Impressionistas” que saiam em banca de jornal. Entre eles Van Gogh. As imagens contidas no livro fizeram minha cabeça. Passava muito tempo na biblioteca da escola sugando tudo aquilo (a bibliotecária era a Dona Alaíde, pra quem morou em Atibaia e é da época irá se lembrar). Li e reli várias vezes sua biografia e de certa forma me identificava com aquela tragédia toda. Coisas de adolescente. Mais tarde meu irmão me levou ao MASP e dei de cara com o quadro “O escolar”. Não deu pra conter as lágrimas. Aquilo fazia parte de mim... Calou fundo e decidi ali, naquele momento, que seria artista plástico. A vida tangenciou esse sonho me levando pelos caminhos do ensino da arte, inibindo minha produção pessoal. Mas tintas e pincéis fazem parte do meu cotidiano desde então. Ontem o artista holandês cruzou meu caminho novamente. Entre as inúmeras zapeadas de um domingo a noite deparei com a animação “Com amor, Van Gogh”. Nela fica sugerida a versão de que Van Gogh não se matou e sim que foi assassinado, em razão de nunca ter sido encontrada a arma. Independente disso “Com amor, Van Gogh” é um belo filme. Inúmeros quadros servem de referencia para o espectador penetrar no universo estético do pintor, que só vendeu um quadro na vida. O drama e a difícil relação do artista com o mundo, evidenciado na figura do irmão Theo, deixa clara qual a verdadeira função do artista nessa vida. Mais que um deleite estético, a animação é um sopro na poeira do maçante cotidiano da sobrevivência. Revela e expõe a principal questão de nossa existência: o sentido da vida.